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Dia Mundial Sem Tabaco: cigarros eletrônicos entram na lista dos vilões do tabagismo

Há muitas décadas, mas não num passado distante, o ato de fumar era seguido por diversas pessoas ao redor do mundo pelo fato de celebridades de Hollywood aparecerem com um cigarro, como o ator James Dean e a personagem de Audrey Hepburn no filme Bonequinha de Luxo. Muitas pessoas começavam o tabagismo para seguir os seus ídolos, ainda mais em uma época onde não se conhecia muito sobre os malefícios do cigarro.


Agora, no século 21, não são os atores de filmes de sucesso que estão iniciando uma nova onda entre os jovens e sim os influenciadores digitais que disseminam em seus canais de comunicação o uso dos cigarros eletrônicos, o vape. O cirurgião oncológico e especialista em Terapia Nutricional do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP, Vinícius Preti, cita que existe uma falsa ideia de que o cigarro eletrônico não faz mal, porém eles não são seguros e possuem várias substâncias tóxicas além da nicotina. “Os dispositivos eletrônicos podem causar doenças respiratórias semelhantes àquelas decorrentes do cigarro convencional. Entre as principais doenças relacionadas ao tabagismo estão o enfisema pulmonar, as doenças cardiovasculares e o câncer.”


Mesmo sendo proibido no Brasil desde 2009, cada vez mais é possível perceber o uso indiscriminado desses aparelhos. É importante conscientizar os jovens e a população em geral que não existe forma segura de consumo de tabaco ou nicotina. “Já foi comprovado que adolescentes que fazem uso do cigarro eletrônico têm mais chances de se tornarem tabagistas de cigarro comum. Lembrando que o tabagismo, ou seja, a dependência química da nicotina, ocorre de forma mais rápida do que para outras drogas, como a cocaína”, expõe.


Saiba mais sobre os malefícios que o consumo de cigarros convencionais ou eletrônicos podem acarretar para a saúde

O tabagismo continua sendo um dos principais fatores de risco para o câncer?

Sim, o cigarro é a principal causa de morte prevenível no mundo. Embora o número de tabagistas esteja em redução no Brasil, os casos de câncer causados pelo cigarro ainda não estão diminuindo como ocorre na Europa, por exemplo.


Por que os cigarros eletrônicos são tão prejudiciais, ou mais, do que o cigarro convencional?

Os cigarros eletrônicos são recentes, mas várias doenças pulmonares e até óbitos já foram associados a ele. Não se sabe o efeito a longo prazo como já é conhecido do cigarro convencional, mas pode ser que seja até mesmo piora. Como a comercialização é proibida no Brasil, nem sabemos o que contém nesses cigarros eletrônicos.

Além do cigarro eletrônico, quais outras maneiras de fumar que também podem ser prejudiciais para a saúde?

Todas as maneiras de fumar são prejudiciais, pois estamos introduzindo partículas desconhecidas nos nossos pulmões. O cigarro convencional, quando começou a ser comercializado, também não era considerado perigoso porque não se sabia os efeitos na saúde. Se não existisse o cigarro, o câncer de pulmão, que é o que mais mata no mundo, seria considerada uma doença rara.


Hoje, Dia Mundial Sem Tabaco, qual o alerta para a população?

O cigarro acarreta inúmeros malefícios para a saúde, aumenta as chances de câncer, infarto, derrame, morte precoce, rouquidão, entre outras várias doenças. O cigarro não altera sua saúde de imediato e os danos serão vistos a longo prazo e costumam ser irreversíveis. Não pague o preço!



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