O Instituto Nacional de Câncer – INCA aponta que em 2022 deverão ocorrer no país cerca de 20.540 novos casos de câncer colorretal em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres. Para reforçar a importância da prevenção, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) promove a campanha Setembro Verde, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos do câncer de intestino (colorretal – cólon e reto) e as formas de prevenção. Vale lembrar que diagnosticado na fase inicial esse tipo de tumor alcança índices de cura entre 90% e 95%.
Esse tipo de neoplasia, que vem crescendo no país, abrange tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon) e no reto. Os principais sintomas de alerta são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, com presença de diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal, sinais de fraqueza, anemia, perda de peso sem explicação e aparecimento de massa abdominal. Caso a pessoa tenha sintomas como os citados, deverá ser avaliada por um especialista o quanto antes.
As principais formas de prevenção são a adoção de um estilo de vida mais saudável aliada à prática de exercícios físicos, evitar o consumo de álcool e cigarro, estar atento ao histórico familiar bem como realizar exames preventivos de colonoscopia após os 45 anos, segundo algumas diretrizes atuais americanas. E o mais importante: diagnóstico precoce de lesão pré-maligna, pólipo com displasia de alto grau, pode evitar o desenvolvimento do câncer colorretal em alguns anos e com grandes chances de cura.
Fatores de risco
Saiba quais fatores de risco que devem ser levados em consideração:
Idade superior a mais de 50 anos – embora tenha havido aumento de incidência em pacientes mais jovens nos últimos anos;
Histórico pessoal e/ou familiar de câncer colorretal prévio ou pólipos com displasia de alto grau;
Síndromes genéticas: Polipomatose familiar ou Síndrome de Lynch;
Fatores ambientais também têm sido associados ao aumento do risco de tumores colorretais;
Alimentação pobre em fibras e rica em gordura;
Sedentarismo;
Diabetes;
Obesidade;
Tabagismo;
Alcoolismo.
Diagnóstico precoce aumenta as taxas de cura
Exames endoscópicos de colonoscopia (aparelho flexível com câmera para visualização da luz intestinal) são a escolha para rastreamento e diagnóstico desse tipo de tumor. Realiza-se uma biópsia, que é a análise de um pequeno pedaço de tecido removido da lesão suspeita, que é enviada para análise do médico patologista. Com o diagnóstico confirmado, a escolha do tratamento para o câncer colorretal depende de diversos fatores. A estratégia de tratamento deve ser discutida com a equipe multidisciplinar de cirurgia, oncologista clínico e radioterapia.
Radioterapia como forma de tratamento
O rádio-oncologista Henrique Balloni, da clínica Oncoville, cita que em tumores de reto iniciais é possível indicar quimioterapia e radioterapia antes da cirurgia. “O objetivo é reduzir o tumor e melhorar o resultado da cirurgia”, aponta o médico.
A radioterapia também pode ser empregada, em casos selecionados, na irradição de metástases através de feixes altamente precisos no tumor (radiocirurgia).
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