Anvisa aprova novo medicamento para câncer de pâncreas
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- há 5 dias
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa concedeu o registro para comercialização no Brasil do medicamento Onivyde para o tratamento de câncer de pâncreas em estágio avançado e resistente aos tratamentos convencionais.
A aprovação teve como base os resultados do estudo de fase 3 NAPOLI-1, que demonstrou aumento da sobrevida mediana de 4,2 para 6,1 meses e redução de 33% no risco de morte. Além de retardar a progressão da doença – 3,1 meses, contra 1,5 meses no grupo que não usou a combinação. Os pacientes submetidos ao tratamento também alcançaram uma taxa de controle da doença de 52%, contra 24% do grupo que administrou somente 5-fluoracila e leucovorina. No estudo, 25% dos pacientes tratados com a combinação de medicamentos continuaram vivos após 1 ano.
Para o oncologista clínico Rafael Vanin, do Centro de Oncologia do Paraná, o ONIVYDE é mais uma opção para o tratamento de pacientes com formas graves da doença e que já não respondem aos protocolos terapêuticos existentes. “Os dados do estudo clínico mostraram um aumento da sobrevida após o início do tratamento com a nova droga. Além disso, mais de 25% dos pacientes conseguiram sobreviver 12 meses após o início da administração. Esse dado tem muita relevância considerando a agressividade dos tumores em estágio avançado e metastático. O medicamento representa uma opção terapêutica importante para pacientes com câncer de pâncreas metastático, especialmente para aqueles que não responderam a tratamentos anteriores.”
O ONIVYDE é uma formulação lipossomal do irinotecano, um inibidor da topoisomerase I, enzima essencial para a replicação do DNA. A encapsulação em lipossomos permite uma liberação mais controlada do medicamento, aumentando, desta forma, sua concentração no tumor e potencialmente reduzindo efeitos colaterais sistêmicos.
Câncer de pâncreas: silencioso e desafiador
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer de pâncreas afeta 2% da população brasileira, sendo responsável por 4% do total de mortes causadas pela doença. É considerado muito letal. Sua incidência é maior em pessoas acima dos 60 anos, com prevalência maior entre os homens.
Nos últimos anos, verifica-se o aumento da incidência desse tipo de tumor, inclusive no Brasil. Estima-se que, nos próximos anos, esse tipo de câncer figure como uma das principais causas de mortalidade entre todos os tipos de cânceres.

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